segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Seus olhos são amuletos vivos que vibram reflectindo a lucidez de um relâmpago.

São seus olhos tempestades verdes abatendo o corpo espectral da calma e retinindo entre silêncios e visões.

Seus olhos ventre-todo-daninho: 
Amorosas borboletas girando sorvendo todas as rodas do eclipse; 
açoite pétreo na noite presença cortando veias de dia;

São seus olhos espelhos negros enfileirados cobertos por musgos onde espíritos curiosos improvisam técnicas de osteomancia, dribles de raios de sol, sombras moventes de negro adornado de plumas de escuro;

Seus olhos cobertos por labaredas que descem dos céus todos os dias em que descem;
São seus olhos animais convulsos se despedaçando continuamente no pátio vermelho donde brotam e se diluem as eras.

Seus olhos: clarata tempestas — montanhas que se perdem contemplando o brilho azul do meu punhal;

Sadhus
erram
em seus encantos.

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