Seus olhos são amuletos vivos que vibram reflectindo a lucidez de um relâmpago.
São seus olhos tempestades verdes abatendo o corpo espectral da calma e retinindo entre silêncios e visões.
Seus olhos ventre-todo-daninho:
Amorosas borboletas girando sorvendo todas as rodas do eclipse;
açoite pétreo na noite presença cortando veias de dia;
São seus olhos espelhos negros enfileirados cobertos por musgos onde espíritos curiosos improvisam técnicas de osteomancia, dribles de raios de sol, sombras moventes de negro adornado de plumas de escuro;
Seus olhos cobertos por labaredas que descem dos céus todos os dias em que descem;
São seus olhos animais convulsos se despedaçando continuamente no pátio vermelho donde brotam e se diluem as eras.
Seus olhos: clarata tempestas — montanhas que se perdem contemplando o brilho azul do meu punhal;
Sadhus
erram
em seus encantos.